Um dia normal na vida de seis pessoas. As rotinas diárias da ida para o trabalho. O METRO. Numa fracção de segundo tudo muda. Um acidente. A carruagem separa-se do mundo. Soterrados, os ocupantes da carruagem são levados ao extremo da sobrevivência, sem comida nem água. De repente uma luz, uma esperança sob forma de câmara, algo que os liga ao exterior, mas que, simultaneamente, é cruel ao ponto de dizer quem é salvo e quem permanece por mais um dia debaixo da terra. Uma esperança cruel. Os dias parecem ter mais horas, as horas parecem dias, a realidade é destorcida. Vão saindo, um a um, com a garantia que todos se salvarão. Para quem fica, é mais um dia de incerteza. Quem fica vai perdendo humanidade, vai enlouquecendo aos poucos, sempre sob o olhar atento da câmara que os prende à realidade. No fim, quando o último elemento, seis dias após o acidente, se depara com a solidão, começa a pensar que será o mais dispensável. O mais insignificante dos seis elementos que inicialmente ficaram retidos dentro da composição. Não conseguindo lidar com essa pressão, decide por termo à vida, enforcando-se. Nesse instante entra uma equipa de salvamento que, sem sucesso, tenta reanimá-lo. Ironicamente, ele era o vencedor de um concurso no qual não entrou. O acidente não foi acidental. Tudo não passava de um reality show. E os ocupantes da carruagem mais não eram que cobaias. Até onde vai o extremo da sobrevivência humana? Até onde vai a crueldade do Homem para explorar um seu semelhante em busca de audiências? Até onde resiste a dignidade? A resposta a estas perguntas está em SUBWAY.