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Palco13

A PALCO13 nasceu em 13 de Abril de 2010 fruto de um desejo de criar no concelho onde parte de nós desenvolveu a sua aprendizagem um projecto teatral que nos permitisse explorar uma linguagem própria, criar o nosso caminho. Quisemos fugir ao já feito, ao estereótipo do teatro para pequenos grupos, ao fechado, e procurar temas e formas que nos permitissem chegar a quem não costuma ver teatro, mantendo connosco quem gosta de ver teatro. Trabalhar para um público que se quer cada vez mais vasto e variado.
Pretendemos inovar sem nunca perder de vista as raízes da arte que praticamos. Queremos acompanhar e questionar a evolução da comunidade de que fazemos parte, manter um diálogo intergeracional, corresponder aos interesses das gerações mais novas, procurar o diferente, a facilidade de informação e um mais fácil acesso a outras formas culturais.
Utopia? Provavelmente. Mas é uma utopia que nos obriga a ir pondo a fasquia do nosso trabalho cada vez mais alta, que nos força a procurar, a exigir de nós o melhor dos recursos de que dispomos, a não estagnar, a não ficar confortavelmente parados numa qualquer fórmula que se tenha já revelado de sucesso.
Queremos um Teatro de serviço público e sustentável. Um trabalho de rigor â€‹a favor do entretenimento,​ da participação na sociedade a que pertencemos, da intervenção na vida de Cascais, do diálogo com os vários grupos que habitam o concelho.

 

Esta multiplicidade de propósitos tem uma tradução em números. Até agora, a PALCO13 montou, em média, três espectáculos diferentes por ano, dirigidos a todos os escalões etários, política que tencionamos manter.

​Foram 32 textos, dos quais repusemos dois, 3 («Muralhas de Elsinore») e 4 («Dois reis e Um Sonho») vezes, produzimos dois em Lisboa («O Pranto de Maria Parda» e «Variações Sobre o Modelo de Kraepelin», co-produzido pelos Artistas Unidos), levámos cinco a Lisboa («Dois Reis e um Sono», «Feio», «Yellow Moon»â€‹, «Tudo Bem?» e «Ricardo II»), um a Ponte de Lima («Shopping and Fucking»), fizemos uma longa metragem a partir de um texto de criação própria: «O Protagonista», de Luís Lobão, realização de Sérgio Graciano (2016) e gravámos dois CDs com músicas de outras tantas peças.

​Além disto, criámos, em 2016/2017 uma segunda programação paralela, destinada exclusivamente ao público infantil, com trabalhos que apresentamos ​quer no teatro, quer em espaços habitados pelas crianças: ATLs, escolas, colégios, tanto em Cascais como em Lisboa, tendo levado um deles a Elvas. São trabalhos com propósitos múltiplos que pretendem incentivar o gosto pela leitura, explorar capacidades sensoriais, desenvolver o gosto pela música e pelo teatro tendo em vista não só o desenvolvimento das crianças no presente como também a formação de novos públicos.

Desenvolvemos regularmente projectos para a Câmara de Cascais: recriações históricas mais ou menos recentes - concerto dos Génesis ou um sarau no séc. XIX - pequenos sketches (Fernando Pessoa, «Chá do Chapeleiro Louco») e/ou espectáculos integrados em iniciativas maiores como a Semana do Livro ou o Conferência Internacional: Cidadania para a Sustentabilidade («Cascais, Terra de Muitas Gentes»).

Em suma, até agora, a PALCO13 tem pautado a sua actividade também por uma capacidade de adaptação a circunstâncias e solicitações variadas, sempre no desejo de tornar o teatro presente na vida da comunidade em que se insere.

​Os textos escolhidos para os espectáculos apresentados são-no segundo critérios​ variados: pertinência de temas, importância dos autores, desejo de pegar em clássicos e dar-lhes uma roupagem actual que os aproxime do público de hoje, permitindo um convívio mútuo sempre útil. Para além da política regular de convite de colaboradores externos para os vários projectos, a existência de um núcleo importante de elementos fixos, tem-nos permitido fazer um caminho que nos abre possibilidades bastante interessantes. Possibilidades essas que tencionamos explorar. 

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